Antes de mais nada uma observação: lugar de Fla-Flu é no Rio de Janeiro e ponto. Por esses casos explícitos de desamor de quem manda e que afeta diretamente a vida do estado e da cidade, o jogo foi parar em Cuiabá. E quem esteve na Arena Pantanal ou acompanhou a partida pelo Canal Premiere viu um Fluminense envolvente, objetivo, seguro e bem armado arrasar com um Flamengo que poucas vezes se encontrou em campo. A turma do desdém vai logo afirmar que era uma equipe reserva do Flamengo. Uma meia verdade se é que isso existe. Estavam lá titulares em outras ocasiões e jogadores que buscam elevar o conceito junto ao técnico Paulo César Carpeggiani. E mais do que isso: era o FLAMENGO!
Do outro lado, o Fluminense com sua equipe titular completa mostrou que a produção de notícias ruins _ característica do clube no começo da temporada _ deu uma parada. Evidente que é fundamental associá-la ao desempenho e aos resultados alcançados. Há o visível trabalho do Abel Braga e da Comissão Técnica e o invisível trabalho de um sujeito devotado ao futebol e que anda na contramão da notoriedade: o Paulo Autuori.
Gilberto comemora gol no Fla-Flu (Foto: Lucas Merçon / Fluminense) Gilberto comemora gol no Fla-Flu (Foto: Lucas Merçon / Fluminense)
Gilberto comemora gol no Fla-Flu (Foto: Lucas Merçon / Fluminense)
O que se viu em 90 minutos foi um Fluminense organizado, solidário e permitindo o brilho individual de Gilberto, Renato Chaves, Jadson e Marcos Júnior. Foi a melhor atuação do time nesses dois meses de temporada e o sapeca aplicado ao Flamengo mais do que merecido. Goleadas assim não são comuns em clássicos, mas a deste sábado refletiu o que aconteceu no campo.
E o Flamengo? Antes de qualquer coisa é importante separar o jogo de sábado do da estréia na Libertadores contra o River, quarta feira, no Estádio Nílton Santos, e com portões fechados graças aos excessos cometidos por torcedores do Flamengo. E, por favor, entendam: torcedor é uma coisa e torcida é outra. O ensinamento que fica após o jogo de sábado é que alguns jogadores ainda não conseguiram entregar o que os investimentos feitos insinuaram que viria. Peguem o Rômulo, que falha no primeiro gol e não consegue recuperar a concentração; o hesitante Traucco e o apagado Geuvânio e terão três exemplos de expectativa criada e não cumprida.
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