Ministério Público estima prejuízo à Câmara de Mogi com compra de café superfaturado em R$ 25,5 mil


Na ação, o MP pede em liminar o bloqueio de bens do vereador Carlos Evaristo da Silva (PSD), que era presidente do Legislativo na época do contrato, além do bloqueio de bens dos empresários e a quebra do sigilo bancário da empresa vencedora do certame, a Golden Distribuidora de Alimentos LTDA-ME. O G1 entrou em contato com o vereador e a empresa contratada e aguarda retorno.

Segundo a denúncia que deu origem ao inquérito, a Câmara pagou no ano passado 41,18% mais caro pelo café fornecido pela mesma empresa que também havia vencido a concorrência anterior. Em 2017, a Câmara comprou 2.100 pacotes de café, ao preço de R$ 24 o quilo. Em 2016, o valor era de R$ 17 o quilo, conforme dados disponíveis no site da Transparência da Câmara de Mogi das Cruzes.

O MP ressalta em sua denúncia que "os valores contratados estavam bem acima do valor de mercado, bem como bastante superior em relação à mesma contratação no ano anterior".

O denunciante anexa documentos fornecidos pelo próprio Poder Legislativo que comprovam que, em 2016, a Câmara de Mogi das Cruzes contratou, por meio de pregão, a empresa Golden Distribuidora de Alimentos LTDA-ME, para o fornecimento de 1,3 mil unidades de café 500 gramas, com preço de R$ 17 o quilo, ou seja, R$ 8,50 cada pacote. O café fornecido é da marca Odebrecht. A compra somou R$ 11.050.
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