Cremesp propõe exame obrigatório nacional com provas periódicas para estudantes de medicina
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) iniciou uma campanha para colher assinaturas em apoio à obrigatoriedade do exame nacional para médicos recém-formados. A caravana esteve nesta segunda-feira (5) em Franca (SP), primeira cidade do Estado a receber a ação.
Um projeto de lei sobre o assunto tramita no Senado desde 2017. De acordo com o presidente do Cremesp Lavínio Nilton Camarim, o objetivo é levar 500 mil assinaturas ao Congresso e implantar, além do exame nacional, provas periódicas aos finais do segundo e do quarto ano do curso de medicina.
No entanto, o PL 165/17, de autoria do senador Pedro Chagas (PRB-MS), recebeu voto contrário do relator Otto Alencar (PSD-BA), que considera a prova incapaz de "averiguar, confiavelmente, o nível do conhecimento adquirido no curso de medicina. Isso porque alunos sem a devida qualificacao tecnica poderiam ser aprovados, desde que estudassem, de forma direcionada, para o exame."
Como justificativa, o relator cita ainda a "abertura irresponsável e indiscriminada de cursos de medicina, com projetos pedagógicos inadequados, currículos antiquados e docentes despreparados".
Avaliação de recém-formados
Atualmente, apenas São Paulo, Goiás e Roraima promovem a avaliação. Segundo o Conselho, a prova é um instrumento importante para analisar a preparação dos estudantes e o ensino oferecido em universidades públicas e privadas.
“Hoje, a lei diz que ao terminar o sexto ano, o recém-formado tem que receber a carteira, mesmo se ele for reprovado no exame do Cremesp. O foco é de melhorar a qualidade para que o profissional médico se sinta protegido, porque saiu de uma boa formação, uma boa escola”, diz Camarim.
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